quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

C. S. Lewis Song

(Interpetrada por Brooke Fraser - Você pode encontrar o vídeo aqui e a letra original (em inglês) aqui!)

Se eu encontrar em mim desejos
que nada neste mundo pode satisfazer,
Eu só posso concluir que eu não fui feito para este lugar.
Se a minha luta contra a carne é na melhor das hipóteses
apenas leve e momentânea.
Então é claro que eu me sentirei nua
Quando comparada com o lugar para onde estou destinada.

Fale comigo na luz da alvorada
Misericórdia vem com a manhã...
Eu suspirarei e com toda a criação gemerei enquanto espero

A esperança vir para mim!

Eu sou perdido ou apenas encontrado?
No caminho reto ou na incerteza do caminho errado?
Existe uma alma que se move em mim,
Ela está se libertando, querendo se tornar viva?
Porque o meu conforto me faz preferir ficar dormente
E evitar o vindouro nascimento de quem eu nasci para me tornar...

Fale comigo na luz da alvorada
Misericórdia vem com a manhã...
Eu suspirarei e com toda a criação gemerei enquanto espero

A esperança vir para mim!

Porque nós, nós não estamos aqui por muito tempo
Nosso tempo é apenas um fôlego, então e melhor respirá-lo

E eu, eu fui feita para viver,
Fui feita para amar,
Eu fui feita para Te conhecer!

A esperança está vindo pra mim (4x)

Fale comigo na luz da alvorada
Misericórdia vem com a manhã...
Eu suspirarei e com toda a criação gemerei enquanto espero

A esperança vir para mim!

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PS.: Para aqueles que (sacrilégio dos sacrilégios!) não conhecem o C. S. Lewis... tá aqui o artigo sobre ele na wikipédia!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

O Tempo e o Amor

(Sermão do Mandato (1643), fragmento)

Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba. Atreve-se o tempo a colunas de mármore, quanto mais a corações de cera!

São as afeições como as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de durar pouco, que terem durado muito. São como as linhas que partem do centro para a circunferência, que, quanto mais continuadas, tanto menos unidas.

Por isso os antigos sabiamente pintaram o amor menino,
porque não há amor tão robusto, que chegue a ser velho.
De todos os instrumentos com que o armou a natureza o desarma o tempo.
Afrouxa-lhe o arco, com que já não tira,
embota-lhe as setas, com que já não fere,
abre-lhe os olhos, com que vê o que não via,
e faz-lhe crescer as asas, com que voa e foge.

A razão natural de toda esta diferença, é porque o tempo tira a novidade às coisas, descobre-lhes os defeitos, enfastia-lhes o gosto, e basta que sejam usadas para não serem as mesmas. Gasta-se o ferro com o uso, quanto mais o amor?

O mesmo amar é causa de não amar, e o ter amado muito, de amar menos.


Pe. Antônio Vieira

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Na Sua Estante

(Composição: Pitty)

Te vejo errando e isso não é pecado,
Exceto quando faz outra pessoa sangrar
Te vejo sonhando e isso dá medo
Perdido num mundo que não dá pra entrar
Você está saindo da minha vida
E parece que vai demorar
Se não souber voltar, ao menos mande notícias
'Cê acha que eu sou louca
Mas tudo vai se encaixar

Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia

E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu

E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu

Você tá sempre indo e vindo, tudo bem
Dessa vez eu já vesti minha armadura
E mesmo que nada funcione
Eu estarei de pé, de queixo erguido
Depois você me vê vermelha e acha graça
Mas eu não ficaria bem na sua estante

Tô aproveitando cada segundo
Antes que isso aqui vire uma tragédia

E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu

E não adianta nem me procurar
Em outros timbres, outros risos
Eu estava aqui o tempo todo
Só você não viu

Só por hoje não quero mais te ver
Só por hoje não vou tomar a minha dose de você
Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se
curam
E essa abstinência uma hora vai passar...

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Porque Mentias?

Por que mentias, leviana e bela,
Se minha face pálida sentias
Queimada pela febre?... e minha vida
Tu vias desmaiar... por que mentias?

Acordei da ilusão! a sós morrendo
Sinto na mocidade as agonias.
Por tua causa desespero e morro...
Leviana sem dó, por que mentias?

Sabe Deus se te amei! sabem as noites
Essa dor que alentei, que tu nutrias!
Sabe este pobre coração que treme
Que a esperança perdeu porque mentias!

Vê minha palidez: a febre lenta...
Este fogo das pálpebras sombrias...
Pousa a mão no meu peito... Eu morro! eu morro!
Leviana sem dó, por que mentias?


Alvares de Azevedo

Poesia completa aqui e recitação do poema aqui.