quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Sorrow

Father can you hear me?
How have I let you down?
I curse the day that I was born...
And all the sorrow in this world...

Let me take you to the hurting ground
Where all good men are trampled down
Just to settle a bet that could not be won
Between a prideful father and his son
Will you guide me now, for I can't see
A reason for the suffering and this long misery
What if every living soul could be upright and strong
Well, then I do imagine...

There will be Sorrow
Yeah there will be Sorrow
And there will be Sorrow, no more

When all soldiers lay their weapons down
Or when all kings and all queens relinquish their crowns
Or when the only true messiah rescues us from ourselves
It's easy to imagine...

There will be Sorrow
Yeah there will be Sorrow
And there will be Sorrow, no more
___________________

Música do Bad Religion (biografia da banda) - tradução da letra nesta página e vídeo nesta pagina.

PS.: A pintura que ilustra o post é Job, do pintor francês Léon Bonnat, cuja biografia (em inglês) você pode encontrar neste sítio.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Sonhos

Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista...

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.


António Gedeão
Poema "Pedra Filosofal''" in Movimento Perpétuo (1956)