Menos de dois meses depois do dia em que ela descobriu-se a amar aquele jovem, ele lhe trouxe uma noticia que no mínimo iria abalar seu mundo. Aliocha lhe disse que os votos dele e a sua relação com Katrina eram incompatíveis naquele momento... e que ele precisava de um tempo só para poder ter certeza – tanto quanto aos seus votos monásticos ainda não desfeitos quanto a sua relação com ela – E acabou seu recém-começado namoro com Katrina.
E Katrina... que mal havia aprendido os segredos do amor... descobriu mais um: O amor só pode ser chamado assim quando envolve sofrimento. Pois Katrina sofreu... sofreu como nunca tinha sofrido em toda a sua vida. Katrina passava dias a pensar naquele jovem... horas e horas perdidas a pensar nele. Nem os livros a interessavam mais... ela sofria. E para os problemas do coração, os livros não são o melhor remédio.
As vezes Katrina simplesmente queria desistir... queria parar de sofrer! Mas como desistir do homem que ela amava? Ela se apegava a poesia... e repetia:
“ ... Não me deixes, não!” 1
Ou se apegava a música, e repetia:
“ ... Eu te amo calad[a]... como quem ouve
uma sinfonia..." 2
(Béria Lima)
P.S.: Outro trecho de música que é muito bonito (me foi mostrado hoje a noite por isso está postado como post scriptum ) é:
"... Mas amar é sofrer... Mas amar é morrer de____________________________________
dor!" 3
1 Trecho do poema "Não me Deixes!" do Gonçalves Dias.
2 Trecho da música "Certas Coisas" do Lulu Santos e do Nelson Motta.
3 Trecho da música "Canto de Xangô" do Baden Powell e do Vinícius de Moraes.
(publicado originalment no Cruz sub Rosa)
Nenhum comentário:
Postar um comentário